terça-feira, 18 de setembro de 2012


Populações Aquáticas correm risco de extinção

Pesca predatória e poluição são as principais responsáveis
 Populações aquáticas correm risco de extinção - Bacalhau
Divulgação
Estudo feito em mais de 11 milhões de quilômetros quadrados de mar, divulgado pela revista eletrônica Plos One revelou como o despejo de dejetos e a ação humana têm afetado a biodiversidade aquática.

A pesca com redes de arrasto, bastante praticada no Brasil, é considerada umas das principais responsáveis por essa degradação, devastando corais a mais de 800 metros de profundidade. O descarte de substâncias radioativas, armas químicas, munições e naufrágios são outros fatores que contribuem para a destruição da biodiversidade marinha.

Fábio Lang, zoólogo da Universidade de São Paulo (USP), diz que a pesca predatória contribui significativamente para o estado preocupante das águas. Segundo ele, o atum e o bacalhau já estão cotados para entrar na lista das espécies em extinção. “Em alguns locais, como no Canadá, foi determinado reduzir a pesca do bacalhau no litoral do Atlântico e hoje já se considera incluir a espécie na lista dos animais ameaçados de extinção no Canadá. Além disso, estima-se que hoje só exista 10% da população de atum que havia antes do início da pesca em larga escala, no Atlântico Noroeste”, afirmou.

Na costa brasileira, a situação não é diferente. Em outubro, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) divulgou o Censo da Vida Marinha, estudo que aponta sobreexploração em 32 espécies catalogadas. Os crustáceos lideram uma lista preocupante. Das 27 espécies catalogadas, 10 estão sob risco de desaparecerem. Há 15 anos, pescava-se no Brasil mais de 10 mil toneladas de lagosta. Atualmente, os números oficiais apontam 7 mil toneladas do crustáceo, uma queda de mais de 30%.

Já em localidades menos profundas das águas brasileiras,como lagos e rios, o que se percebe é o despejo de sobras da construção civil, da atividade agropecuária e da indústria, além da deficiência ou ausência de redes de saneamento básico. Embora os ambientes aquáticos sejam extremamente resistentes, a reversão do quadro não é tão simples quanto parece.

Reação à vista:
Mais de 190 países assinaram no início de novembro o Protocolo de Nagoya, durante a 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP10), realizada pela ONU em Nagoya, no Japão. O documento prevê, entre outras coisas, o aumento das áreas de proteção nos ecossistemas marinhos: as áreas protegidas deverão passar de 1% para 10%. Tudo no período de 2011 a 2020. A ideia é conter a perda acelerada da biodiversidade.

fonte:
http://revistadasaguas.pgr.mpf.gov.br/edicoes-da-revista/edicao-atual/materias/populacoes-aquaticas-correm-risco-de-extincao

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